top of page

Visualizamos um país com índices preocupantes de violência e miséria. Um país que em muitas partes do mundo é reconhecido por "país do futebol". Parafraseando com o futebol: um país em que, infelizmente, a educação vai mal das pernas. Um país que luta pela defesa dos direitos humanos, que tenta articular a saúde no meio de campo atacando as desigualdades sociais e, sempre, buscando fazer um golaço de cidadania.

 

Em suma, um país com uma população que também deposita no Esporte a responsabilidade de contribuição na formação/salvação de inúmeros cidadãos brasileiros, especialmente aqueles do segmento infanto juvenil – público alvo do projeto. Um país em que é notória a difusão de espaços próprios para a prática de esportes, inclusive em projetos governamentais de desenvolvimento local.

 

No Rio de Janeiro, por exemplo, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), também está construindo espaços específicos para a prática de esporte. As Vilas Olímpicas e os Centros Esportivos são exemplos desses espaços. Enfim, um país que sediou a Copa do Mundo de Futebol em 2014 e sediará as Olimpíadas/Paraolimpíadas em 2016 - fatos que, efetivamente, agregam valor ao esporte.


Apesar dessa existência de propostas de desenvolvimento social e local, é sabido que o campus Manguinhos/Expansão da Fundação Oswaldo Cruz está situado em local que ainda exibem extensas favelas/comunidades e ocupações irregulares; tráfico de drogas; combates entre forças policiais, milícias ilegais e traficantes; doenças características de áreas pobres; desemprego e ociosidade, especialmente entre os jovens (faixa etária em que se concentram as estatísticas de violência, recrutamento para o crime e maternidade, entre outras contradições sociais).


Nesse cenário, o esporte assume então, especialmente o futebol, um caráter salvacionista. É senso comum, especialmente entre os jovens, que o sucesso futebolístico traduz-se em uma grande possibilidade de reverter o quadro de injustiça social que está colocado nesses territórios. Se não reverter, em última análise, pode contribuir para a educação de uma sociabilidade. Nesse sentido, as escolinhas e possibilidades de "treino" estão por todo lado – ricas em diversidade cultural, embora carentes de sistematização, ciência e tecnologia.


O desenvolvimento de ações integradas e integradoras no âmbito do esporte e da promoção da saúde utilizando-o enquanto instrumento auxiliar/mediador da formação de um cidadão crítico, participativo e consciente – passa a ser objeto central de análise. Especialmente aquelas ações que remetem ao fortalecimento das redes de cooperação social e ao desenvolvimento de tecnologias sociais em saúde com vistas ao desenvolvimento equânime e sustentável.

O Projeto Esporte & Promoção da Saúde, uma parceria entre a Cooperação Social da Presidência da Fiocruz, FIOTEC e a Redeccap, iniciou suas atividades no ano de 2008 com a proposta de problematizar diferentes metodologias de ensino da Educação Física, em projetos sociais de esporte: um pretendido diálogo sobre a possibilidade de implantação e desenvolvimento de uma abordagem metodológica com perspectiva crítica dialética e que superasse aquelas pedagogias de caráter desenvolvimentista e reprodutivista corriqueiras.


Desde então, ano a ano, vem sistematicamente: a) contribuindo com a democratização do acesso ao direito de esporte e lazer; b) desenvolvendo atividades de participação e integração e; c) construindo/identificando indicadores sociais que possam intervir (in)diretamente na (re)formulação de políticas públicas. Reforçando, sobretudo, o esporte enquanto criação humana capaz de agregar ciência, tecnologia e direitos humanos, tais como saúde e educação.


Este projeto que se propõe desenvolver uma Tecnologia Social, onde a Cultura Corporal é a ferramenta de transformação e de subsídio para o desenvolvimento do indivíduo e do coletivo, é uma possibilidade de enfrentamento de iniquidades sociais com ações efetivas voltadas para o protagonismo da comunidade em busca das resolutividades.


O projeto Esporte & Promoção da Saúde, portanto, reforça ações práticas e estruturantes para a valorização de direitos, de cidadania, das oportunidades e das possibilidades.

 

 

 

 

Objetivo Geral:


- Contribuir para o desenvolvimento territorial de Manguinhos e da Maré através da elaboração de Tecnologia Social no campo do esporte e da promoção da saúde.

 


Objetivos Específicos:


1- Identificar e apoiar organizações de base social comunitária com vistas ao fortalecimento e desenvolvimento do tecido social local e de redes de cooperação que agreguem à interface - esporte e promoção da saúde;


2- Estimular a participação social e o protagonismo infanto juvenil em espaços e Instituições, ligadas ao projeto, que promovem o debate sobre tecnologia social e políticas públicas relativas ao escopo do projeto;

 

 

 

Benefícios Diretos:


* Desenvolvimento de tecnologia social que poderá ser disponibilizada para reaplicação em outros territórios assemelhados à Manguinhos e à Maré;


* Fortalecimento de redes em cooperação social e técnica com instituições de ensino e pesquisa, setores de governo e privados, organizações de base social comunitária e, movimento social;


* Estreitamento dos laços existentes entre as Comunidades do entorno do campus e a Fiocruz.

 

 

 

 

VIGÊNCIA: 2015 - 2016

 

 

SOBRE O PROJETO

Diagnóstico
Contextualização

Link para o website anterior

 

http://eccredeccapfiocruz.wix.com/ecc2013

bottom of page